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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Paris à noite

Para os amantes da cidade luz, este é o último fim de semana da exposição Paris la nuite / Paris à noite, do fotógrafo francês Brasaï, no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, em parceria com a Embaixada da França e a Aliança Francesa. A visitação estará aberta até domingo, 2 de outubro.


Brassaï (1899-1984) nasceu Gyula Halász na cidade de Brasso, na Transilvania, daí o nome Brassaï, que significa "de Brasso". Depois de frequentar a escola em Berlin, mudou-se em 1924 para Paris, cidade que o conquistou imediatamente, especialmente pela noite boêmia. Trabalhando como jornalista, passou a se dedicar à fotografia, incialmente para ilustrar seus artigos, mas o interesse pela Paris que abrochava à noite o tornou um cronista da cidade através de sua câmara.




Paciente o bastante para realizar fotos que exigiam um tempo de exposição grande, do no de um espírito inventivo capaz de improvisar ferramentas como uma vareta para medir a distância do objeto à câmera, resistente à instabilidade do tripé e ao primitivo flash da época, ele realizou um documentário incrível da noite parisiense. E conseguiu imagens naturais e furtivas apesar do preparo que essas fotografias exigiam.




Seus personagens principais, além da própria cidade, vista através da luz difusa da iluminação da época,  eram gente da noite: namorados, prostitutas, frequentadores dos bares e bordéis. Essas imagens, carregadas do caráter do novo gênero que surgia, do fotojornalismo, resultaram no livro Paris de Nuit (Paris à Noite), publicado em 1932, que é a base desta exposição. 




Brassaï em ação (acima) e a capa da publicação (abaixo) que serviu de base para a exposição que tem apoio da Embaixada da França e Aliança Francesa.