Sobre este blog

Mostrando postagens com marcador SImon Lau. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador SImon Lau. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Leandro Nunes e Simon Lau: alta gastronomia a quatro mãos

Simon Lau fazia muita falta desde o fechamento do seu Aquavit. Na próxima semana teremos oportunidade de apreciar seu talento no jantar que realiza com o criativo Leandro Nunes, do restaurante Jambu, tendo como tema os vegetais. 
Simon Lau e Leandro Nunes: soma de talentos
Os chefs se reúnem na próxima semana, dias 1 e 2 de julho (sexta e sábado), no restaurante Jambu para comandar um jantar a quatro mãos. Serão 10 etapas - cinco para cada chef - com foco em vegetais. Inspirados na técnica “nose to tail” (do focinho ao rabo), eles pretendem extrair o máximo desses ingredientes. 

A ideia é mostrar a beleza do vegetal e apresenta-lo como protagonista do menu. Desta vez, a proteína animal entra como complemento dos pratos. Este é o segundo jantar que Simon e Leandro realizam juntos, já cozinharam a dois em 2014. 

O menu em 10 etapas sai ao valor de R$ 240,00 sem harmonização. Com harmonização de drinques e vinhos (Grand Cru), sai ao valor de R$ 360,00. Valores são individuais. 

Local: Restaurante Jambu
Vila Planalto. Avenida JK nº 2 (em frente ao balão de entrada)
Reservas: (61) 3081-0900
contato@jamburest.com.br

sábado, 26 de setembro de 2015

Simon Lau Smørrebrød: o gosto da Dinamarca em Brasília

O premiado chef Simon Lau abriu um novo projeto no Jardim Botânico de Brasília, onde serve o famoso "sanduíche" aberto dinamarquês. Aos sábados e domingos durante o dia (12 às 17h) a cozinha do restaurante Aquavit, que irá abrir em outubro, serve o smørrebrød (pronuncia-se "smorbrot") em deliciosas combinações, muito distantes do significado da expressão pão com manteiga - smørre (manteiga) brød (pão), que mesclam ingredientes nórdicos e brasileiros, bem no estilo do chef.
Smørrebrød de salmão defumado
A casa de Simon é provávelmente a única no Brasil especializada nessa preparação. Tudo é muito fresco e o chef e sua equipe controlam todo o processo. O salmão gravad lax (curado) ou o defumado (a frio, com galhos de goiabeira no defumador) é preparado por eles. As folhas e temperos vêm da horta que ele plantou ao lado do orquidário do JBB. Os pães (o preto é um escândalo de gostoso) são feitos artesanalmente, com massa ácida (fermentação natural).
Smørrebrød de avocado: perfeita opção vegetariana
A base do prato é a fatia de pão: preto de centeio e sementes ou branco, levíssimo, preparado com farinha de trigo "00". As variações das coberturas são tradicionais ou originais, criações no estilo inconfundível do chef dinamarquês. O suculento salmão gravad lax faz um dos melhores pratos e leva quiabo (quem não gosta não deve se sentir intimidado - o sabor é ótimo!) e dill. O boeuf tartar com guariroba do cerrado é sensacional. O smørrebrød de avocado tem cebola roxa e couve marinada com limão siciliano. Provei esses mas fiquei tentada pelo pirarucu defumado a frio, com maionese de tucupi, quiabo e flores de jambu.

Alta gastronomia acessível

Ainda quando o Aquavit funcionava na residência do chef, no setor de Mansões do Lago Norte, Sinon sonhava com a possibilidade de oferecer o mesmo padrão de qualidade do restaurante de uma maneira mais acessível do que os sofisticados menus degustação que servia. Ele viu no Smørrebrød essa oportunidade. E de uma forma "bem mais descolada", ele define. 
Projeto Simon Lau em cenário exuberante: smørrebrød de dia, Aquavit à noite 
A proposta é atender os clientes, com almoço leve ou brunch, de forma mais casual. Os sanduíches podem ser pedidos nas mesas do salão (no nível superior) ou diretamente no balcão da cozinha para fazer um piquenique na grama. O entorno favorece a refeição ao ar livre, com os jardins, o lago (onde há até vitórias regias), o céu azul da Capital.  O verde também invade o interior do restaurante, que é todo de vidro e madeira, com capacidade para 50 pessoas. Na definição de Simon, a casa tem "um charme irresistível" por ser rústica mas ter uma elegância modernista.

Os preços dos smørrebrød variam de R$ 15 a R$ 30 e as sobremesas custam R$ 10 cada.

Os smørrebrød pelo próprio chef

Quem conhece Simon Lau sabe que o cardápio oferecido agora pode ser acrescido aos poucos de novidades fruto da criatividade inquieta do chef, sempre com rigor no que diz respeito à qualidade dos produtos e à sofisticação (ainda que singela) na preparação e montagem do prato. Mas algumas das opções campeãs são descritas por suas preferências:
Boeuf tartar: explosão de sabores
O smørrebrød de boeuf tartar é o seu preferido. E tenho que concordar com sua descrição: "Um bom smørrebrød tem que ser apreciado primeiro com os olhos e esse de bouef tartar é lindo". No sabor, a combinação da carne com a guariroba (palmito amargo típico do cerrado) é única. O tartar é preparado com filet mignon picado na ponta da faca, montado cuidadosamente no pão preto com manteiga e uma gema de ovo orgânico, segura por um anel de cebola roxa. É decorado com caviar e alcaparras e finalizado com flor de sal e pimenta do reino. "Uma explosão de sabores", traduz Simon com absoluta propriedade.
Smørrebrød peixe à milanesa: sabor de infância para o chef Simon Lau
Muito tradicionais são o smørrebrød de peixe à milanesa e o de batata. O primeiro "é um clássico, campeão de vendas em todo restaurante de smørrebrød em Copenhague", conta. O peixe é frito na hora e servido no pão preto com molho remoulade da casa, feito de maionese caseira, picles artesanal, temperado com limão siciliano e dill. "O meu lado mais infantil adora esse prato", revela. "É bem suculento com o peixe fresco e com aquela casquinha crocante feita de panko". Foi o que pediu ao sous chef Yuki (Rafael Massayuki Kudo) que preparasse para seu almoço quando fui ao Simon Lau Smørrebrød para um brunch com minha família.

O segundo, uma das opções vegetarianas, é montado em pão preto com manteiga, alface, batatas inglesas cozidas, maionese de tucupi, cebola frita crocante, casca de batata frita e flores de jambu. 
Sabor agridoce no gravad lax
O smørrebrød de gravad lax é o mais famoso. O salmão (lax) é marinado com açúcar mascavo, sal, erva doce, anis estrelado, kümmel, pimenta do reino e bastante dill e servido no pão branco com molho de mostarda e dill. A palavra gravad (sueca) significa enterrado, processo comum no passado para preservar o peixe, mas o salmão de Simon Lau é "enterrado" nas ervas e temperos por 48 horas.

O smørrebrød de salmão defumado é servido com pão branco, ouef royal e dill, com o peixe defumado a frio pelo próprio chef
Rosquinhas de canela e cardamomo assadas na casa
Também não faltam sobremesas. Aprovei o mousse de chocolate, preparado com chocolate Amma 85%, açúcar de baunilha do cerrado, creme de leite fresco e ovos caipiras. Outras opções são a torta de pão preto, servida com morangos e chantilly, mas a fruta pode variar de acordo com a estação. Para acompanhar o café coado da marca Sollo (Hario V 60), de grãos da Fazenda Jatobá, de Patrocínio (Minas Gerais), as rosquinhas (assadas) de canela e cardamomo.

O smørrebrød

O prato remonta a época dos vikings na Dinamarca, e junto com a batata, no início da revolução industrial, o pão preto com gordura de porco vira a base da alimentação da nova classe operária. Logo ganhou popularidade e passou a ser apreciado por todas as classes sociais. Sua primeira versão foi bem simples, mas logo a receita ganhou opções mais elaboradas pelas mãos de grandes chefs. Nos anos 20 a Dinamarca ficou famosa pelo smørrebrød, que virou uma especialidade do país e chamado de Prato Nacional. "Acredito que é onde a Dinamarca se expressa mais gastronomicamente", conta Simon. Antigamente, e ainda hoje, as pessoas levavam para o trabalho o seu smørrebrød para o almoço. Existem também lojas e restaurantes de smørrebrød, simples ou sofisticados, onde uma refeição clássica compõe-se de uma seleção escolhida por cada cliente, conforme a fome e as preferências. 

Como chegar



 O sous chef Yukiem em ação: perfeição na montagem
 Salão do restaurante no piso superior


O restaurante está localizado no Lago Sul, na antiga Casa de Chá nas dependências do Jardim Botânico, há 15 minutos do centro da cidade. Para chegar, vá pela subida da QI 23 do Lago, e entre, à direita, pela entrada principal do parque e siga a sinalização para a Casa de Chá. O JBB cobra R$ 2 de entrada por pessoa.

Fotos: Kristine Cardoso, Gastrô Comunicação e arquivo pessoal do LSA
Simon Lau Smørrebrød
Local: Jardim Botânico de Brasília, Lago Sul
Endereço: SMDB - Área Especial - Brasília, DF 71
Telefone: (61) 3366-4686
Horário de funcionamento: sábado e domingo de 12h às 17h

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Ideia boa! Deguste!

Boa comida e jazz ao ar livre. Alguns dos melhores chefs da cidade estarão no Calçadão da Asa Norte, o deck próximo ao Lago Paranoá, no sábado 19 de outubro, das 16h às 22h, servindo comidinhas com preço máximo de R$ 15,00. É a primeira edição do Deguste! Um time da pesada já confirmou presença: Mara Acalmim (Universal Diner), Simon Lau (Acquavit), Renata Carvalho (Loco como tu Madre), Daniel Vieira (4Doze Bistrô), Gil Guimarães (Oliver, Bacco, Parrilla Madrid) e Sebastian Parasole (Coordenador da Gastronomia do IESB).

Mara, Simon e Sebastian prometem marcar presença no Calçadão

Vários expositores levarão produtos orgânicos, vinhos, cafés especiais e queijos e estão previstas apresentações de jazz ao vivo. A invenção é do grupo de amigos Luciana Fabrino, Priscilla Araujo (Pic Nic), Cynthia Machado, Thiago Muzzi e o chef Daniel Vieira. A entrada é gratuita.

Fotos: reprodução