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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Expedição Langsdorff: odisséia tropical no século XIX

Depois de São Paulo, chegam a Brasília (dia 11 de maio no CCBB) os registros dos estudos realizados durante a viagem organizada pelo Barão Langsdorff pelo interior do Brasil com o intuito de revelar ao mundo o país continental, sob o prisma iluminista da época. Aquarelas, desenhos e equipamentos utilizados durante os estudos estarão em exposição até 18 de julho.


A aventura começou no Rio de Janeiro em 1821 e terminou sete anos depois em Belém, realizando o primeiro mapeamento detalhado do país, com uma equipe composta por especialistas de diversas áreas como o astrônomo-cartógrafo-geógrafo Néster Rubtsov, o botânico Ludwig Riedel e o zoólogo Edouard Ménétriès. Enquanto os cientistas investigavam, artistas como Rugendas, Taunay e Florence registraram as descobertas e os costumes das populações urbanas e nativas, contrastando com a noção de civilização europeia o cotidiano da Nação que começava a se inventar, após a Declaração de Independência (1822), e a desenvolver uma cultura brasileira.


A exposição é uma oportunidade incrível de conhecer o material resultante dessas viagens, incluindo o conjunto de mapas que podem ser comparados com imagens atuais de satélite que revelam a precisão do levantamento feito durante a expedição. A curadoria é do professor russo Boris Komissarov, em parceria com Ania Rodriguez Alonso e Rodolfo de Athayde.