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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Cabeleleiros na brigada do pink ribbon

Constatei mais uma razão pela qual nosso hair stytist é um dos nossos melhores amigos. Explico: quando chegou de Boston, depois de um congresso, a dermatologista Cristiane Dal Magro contou sobre uma pesquisa dirigida pelo Dr. Alan Geller, da Universidade de Harvard, que revelou que 40% dos cabeleireiros entrevistados procuram lesões suspeitas no couro cabeludo de seus clientes enquanto os atendem. O estudo, publicado em outubro no Archives of Dermatology, ouviu 203 profissionais em 17 salões de uma mesma cadeia em Houston, no Texas.


O interessante é que muitos deles foram além ao demonstrar esse cuidado com seus clientes: 31,1% dos profissionais verificaram o couro cabeludo de cerca de 50% dos clientes que atenderam no mês anterior à pesquisa enquanto 28,8% também checaram a pele do pescoço e 15,3% chegaram a observar o rosto.

A Dra Dal Magro comentou que "os cabeleireiros têm uma posição literalmente privilegiada para analisar áreas que o paciente não consegue ver - apenas durante um exame clínico é possível avaliar nuca e couro cabeludo”. Na sua opinião esses profissionais são aliados importantes no combate ao câncer de pele. 

Como os Estados Unidos estão avançados no levantamento de dados, sabemos que o melanoma nessas regiões do corpo representa 6% de todos os diagnósticos desse tipo específico de câncer, sendo responsável por 10% das mortes pela mesma doença naquele país. É muito!!!

Segundo Cristiane Dal Magro o elevado índice de mortes está relacionado à dificuldade para diagnóstico de lesões suspeitas. "O tipo mais agressivo e letal de tumor de pele, exige detecção muito precoce", alertou, acreditando que é nesse ponto que os hair stylist podem contribuir muito. 


Na pesquisa realizada em Houston, aproximadamente 60% dos hair designers afirmaram ter recomendado pelo menos a um cliente que buscasse avaliação médica. Dra Dal Magro avalia que, "mesmo sem dados semelhantes no Brasil, é fato que se nossos profissionais pudessem conhecer mais sobre câncer de pele e identificar lesões suspeitas poderíamos experimentar relevantes benefícios no diagnóstico e no tratamento precoce dessas lesões". Na opinião do pesquisador Alan Geller, essa formação poderia ser estendido a massagistas e outras profissionais que têm a oportunidade de olhar de perto e atentamente para a pele de seus clientes.

Fotos: reprodução