Sobre este blog

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Costanza transporta clientes Gucci para o universo de Florença

A consultora de moda Costanza Pascolato esteve em Brasília a convite da Gucci para compartilhar sua experiência ao visitar a fábrica da grife de luxo italiana, em Florença, e participar do jantar de sonho que marcou a inauguração do Museu Gucci e celebrou os 90 anos da marca. "Nunca pensei que fosse um dia jantar naquela sala, no Palácio Vecchio, onde tantas vezes fui admirar as pinturas de Giorgio Vassari (e assistentes) que cobrem o teto do Salone dei Cinquecento", comentou. 


Despretenciosa, Costanza acrescentou que havia pouco mais de cem convidados e "só pessoas importantes", como o todo poderoso Francois-Henri Pinault, dono da PPR - "sem a mulher" (a atriz Salma Hayek) e Anna Wintour, editora-chef da Vogue América. Já falei do jantar e do Museu aqui. Costanza minimizou sua presença no jantar organizado pela Diretora Criativa da marca, Frida Giannini, apesar da ressalva feita por Sonia Quintella, Diretora-geral da Gucci no Brasil, de que ela era convidada especial (única brasileira). "Minha presença foi uma honra e um privilégio, mas foi fruto do respeito que o Brasil ganhou. Ouvi deles (executivos da marca) que, dos mundos emergentes, o Brasil é o país que tem o perfil mai próximo do europeu".

A embaixatriz Antonella La Francesca foi saudar Costanza

Nascida na Itália, Costanza é fluente em italiano e, na viagem, surpreendeu a todos por também falar florentino. Ela acredita que, por esse detalhe, as pessoas na fábrica, conhecida como Casellina, lhe contaram "mais coisas" sobre o processo de fabricação, que é totalmente feita a mão. Ela ficou encantada com o cuidado no encaixe perfeito das partes das bolsas (a New Bamboo, releitura do modelo criado em 1947, tem 70 peças e demanda 14 horas para ser confeccionada); na beleza dos metais banhados a ouro; no tingimento à mão (tamponado) e, principalmente, no tratamento do couro, de tal maneira a ter um cheiro agradável e maciez. "O artesanato de couro surgiu em 1300 com os florentinos, que desenvolveram a técnica de cortar (desbastar) o couro assim tão fininho e a Gucci, que tem 100% de sua produção na Itália (apenas as máquinas dos relógios, são suiças), segue essa tradição." 

Jackie
Aprendeu, por exemplo, que todo couro de crocodilo usado nas bolsas Gucci vem apenas do Nilo, do Mississipi e da Austrália. Ao acompanhar a fabricação da New Bamboo e da Jackie, ela constatou "que tudo é feito com paixão" e confessou: "me emocionei tanto que me joguei sobre as peças de couro e chorei - sem teatro, apenas me emocionei". 

New Bamboo

Ela contou que aos 14 anos ganhou uma Bamboo. "Naquele ano eu me comportei bem e ganhei uma Bamboo da minha mãe" recorda, mas destaca que as releituras são bem planejadas e muito mais amplas, cabendo tudo o que a vida moderna impõe. Costanza elogiou a visão e a capacidade de Frida em enxergar as possibilidades contemporâneas, incorporando elementos associados ao estilo e valor da marca. El também se encantou com o Museu - "um prédio magnifico, o Palazzo della Mercanzia". Além de todas as possibilidades, foi incluída no projeto uma biblioteca, especialmente com livros de arte. Ela gostou do café e da livraria. 

 Vania Carvalho, Claudia Melo, Fernanda Adriano e Paula Santana
Antonio Henrique Abinave, Maria da Graça Miziara e Taciana Crema

Com Sonia Quintella, Diretora-geral, e Lala Guimarães, RP da Gucci

Fotos: Daniel Fama