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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Galliano julgado culpado

John Galliano foi condenado por manifestação racista pela corte francesa e multado com uma penalidade de 6 mil euros. Demitido do cargo de diretor criativo da Christian Dior e afastado da casa que carregava seu nome após a denúncia de um casal à polícia da França de que ele lhes teria dirigido comentários antisemitas em um café em Paris, Galliano ficou à margem da cena fashion.


Com a decisão da justiça francesa, o designer paga a multa mas se livra da prisão. Que futuro lhe aguarda? Difícil saber. Mas a jornalista Vanessa Friedman faz algumas considerações interessantes no seu blog no Financial Times, considerando que a reabilitação de Galliano já começou. Ela lembra que a modelo Kate Moss (ela própria tendo recuperado sua imagem, queimada pelo recorrente abuso de substâncias psicoativas [*]) correu em socorro do estilista, usando um vestido desenhado por ele em seu casamento. E que a editora da Vogue América, Anna Wintour também deu grande contribuição, publicando uma foto de Moss e Galliano e matéria ampla sobre a cerimônia, na edição de Setembro - a mais importante do ano. 

Foto de Mario Testino publicada na Vogue: Galliano e Kate Moss 

Friedman lembra, entretanto, que ainda será preciso aparecer alguém disposto a apoiar Galliano em nova empreitada no mundo da moda, considerando que a pecha de ter sido condenado por anti-semitismo permanecerá. Ela indica pelo menos uma lição a tirar do episódio: no mundo real de hoje não é mais permitido aos designers serem gênios criativos carregados de paixão "ao ponto da loucura", a quem tudo está permitido. Mas que eles são também homens de negócio, que têm deveres com a marca e com os consumidores, o que inclui comportamento público.  

Foto: Galliano - Getty para ft.com
Galliano e Moss - reprodução da página da revista Vogue americana, edição de setembro de 2011
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