Quase cem anos atrás o maior navio da época afundou após colidir com a base de um iceberg, provocando a morte de mais de 1.500 pessoas. A nave mergulhou nas águas profundas e deixou vestígios do luxo da decoração e do requinte de seus passageiros. São 243 objetos reais desse vestígio que estarão expostos a partir desta quinta-feira (7), na área externa do ParkShopping. Vista por mais de 22 milhões de pessoas em 85 cidades ao redor do mundo, Titanic: A Exposição – Objetos Reais, Histórias Reais, estará aberta ao público a partir da sexta, dia 8.
Não haviam botes salva-vidas suficientes para as 2.229 pessoas a bordo
A montagem procurar transportar o visitante para 1912 e oferecer sensações que o envolvam no clima da nave, a começar pela réplica do cartão de embarque verdadeiro. A visita à mostra é uma viagem cronológica, desde a construção até o naufrágio e os esforços de resgate, dividida em oito galerias distribuídas em 1.500 m² que trazem à tona a rotina dos passageiros e o funcionamento do navio.
Além disso, a mostra traz a reprodução de um iceberg de 3,5 metros no qual os visitantes poderão colocar as mãos para sentir as baixas temperaturas da noite do naufrágio, belas recriações de ambientes, como as cabines de primeira e terceira classe e a sala das caldeiras, que inspiram os visitantes a lançarem um olhar comovente sobre o trágico naufrágio, uma conexão emocional com as vidas que foram bruscamente interrompidas ou para sempre alteradas.
Frascos de perfumes de um fabricante que viajava à Nova York para vender suas amostras
Construção: projeto, infraestrutura e construção são mostrados nesta galeria em que os visitantes andam sobre piso de madeira remanescente das docas em Belfast, na Irlanda, e ouvem os sons da construção;
A partida: tendo como cenário a representação de parte do casco do Titanic, os passageiros sobem uma rampa de embarque para entrar no navio. Bagagens e etiquetas estão em exibição nesse segmento, além de informações sobre o Capitão Edward J. Smith, que deveria estar aposentado, mas foi convencido por J. Bruce Ismay, proprietário da White Star Line a ficar até a chegada do Titanic ao porto de Nova York;
A vida a bordo: recreações das cabines de primeira e terceira classes detalham as diferenças de conforto para os muito ricos e os menos favorecidos. A galeria mostra objetos retirados dos destroços do Titanic, incluindo panelas e louças de todas as classes, assim como pertences pessoais.
Carteira porta-cartões de passageiro norte-americano
Sala das caldeiras: a história do naufrágio está contada aqui e é possível experimentar a sensação de estar no ambiente onde o trabalho pesado acontecia;
Iceberg: o ápice da exposição acontece na Galeria Iceberg, onde os visitantes passam pelos avisos de “iceberg à frente”, recebidos durante todo o dia do naufrágio, e ficam frente a frente com uma parede de gelo de 3,5 metros, recriado a partir de esboço desenhado pelo vigia Frederick Fleet. Este muro refrigerado atrai a umidade do ar e cria gelo real, possibilitando às pessoas que tocam o iceberg com as mãos a sensação das gélidas temperaturas do Atlântico Norte na noite do naufrágio.
O resgate: apenas um barco estava perto o suficiente para atender ao chamado do operador de telégrafo que, enquanto o Titanic naufragava, repetia mensagens de socorro e indicação da posição do navio. Há quatro horas de distância e com um campo de icebergs à frente, o capitão Arthr Rostron, do Carphatia, acelerou e navegou nas águas traiçoeiras, mas encontrou apenas 705 vivas pessoas em 20 botes salva‐vidas espalhados pelo mar gelado.
Recuperação: o RMS Titanic afundou às 2h20 do dia 15 de abril de 1912 e descansa separado em duas sessões a 4 km de profundidade no Atlântico Norte, rodeado por destroços cheios de objetos pessoais. Após 73 anos, em 1985, a RMS TITANIC, Inc. fez sete expedições e recuperou mais de 5.500 objetos, cuidadosamente catalogados. Esta galeria leva os visitantes a se sentirem no local do naufrágio, dando a eles a sensação das condições adversas e do silêncio que circunda o local de descanso do navio.
Memorial: a RMS Titanic, Inc. conseguiu o Salvor-in-Possession, que é o direito para exploração do local do acidente, por um tribunal dos Estados Unidos em 1994. Os objetos recuperados são exibidos em compartimentos especialmente desenvolvidos, onde a temperatura, umidade relativa do ar e níveis de luz são controlados, protegendo os objetos contra agentes de deterioração. A companhia recentemente completou sua oitava e mais ambiciosa missão na área do naufrágio do Titanic no verão de 2010. Pela primeira vez na história, a RMS Titanic, Inc. juntou-se às agências de oceanografia mais importantes do mundo para fazer um mapeamento total do local do naufrágio na esperança de construir virtualmente para as futuras gerações.
Luxo X insalubridade
Valores astronômicos: o valor da passagem da primeira classe do Titanic de Southampton, na Inglaterra, para Nova York custava US$ 2,500, aproximadamente US$ 57,000 em valores de hoje, e as duas suítes mais luxuosas, localizadas no Deck B do navio, valiam US$ 4,500, ou seja, US$ 103,000 hoje.
Viagem cara e miserável: o pessoal da terceira classe também pagava caro - a passagem custava US$ 40, que seriam US$ 900 nos valores atuais - e dormiam na promiscuidade - mais de 10 pessoas em cada cabine de terceira classe, que eram divididas por sexo, o que impedia famílias de passarem a noite juntas.
Sala de ginástica do Titanic
Todos os extras pagos: os passageiros da primeira classe tinham luxo, mas pagavam por todo lazer a bordo; o ingresso para a piscina custava US$ 0,25, enquanto para a quadra de Squash o valor era US $50.
Cozinheiros especializados: sessenta chefes de cozinha e seus assistentes trabalhavam nas cinco cozinhas do Titanic; haviam cozinheiros só para sopas, para os assados; especialistas em culinária vegetariana; confeiteiros e um cozinheiro exclusivo para preparar comidas kosher para os judeus no navio.
Jornal próprio: o Atlantic Daily Bulletin, produzido a bordo do navio, trazia notícias, propagandas, menu do dia, promoções, resultado da corrida de cavalos e fofocas da sociedade.
Pouco banho: havia apenas duas banheiras para os mais de 700 passageiros da terceira classe.
Posição estratégica: a parte traseira do convés era destinada aos passageiros da segunda classe e a parte da frente, à primeira classe, assim esses passageiros tiveram mais chance de alcançar os 20 botes salva-vidas, insuficientes para salvar todos os passageiros. Como no início do naufrágio a maioria dos passageiros não acreditava que o navio realmente afundaria realmente, alguns botes saíram carregados de 19 passageiros enquanto poderiam levar até 65.
Titanic: A Exposição – Objetos Reais, Histórias Reais
Realização: TIME FOR FUN
Produção: RMS Titanic, Inc., uma subsidiária da Premier Exhibitions, Inc.
Apresentação: Multiplan
Co-patrocínio: Bancorbrás Cultural
Local: ParkShopping Brasília – Tenda externa
Informações: 4003-6464
Diverte Cultural: (11) 3883-9090
Site: www.titanicaexposicao.com.br
Abertura para público: 8 de julho
Horários: De segunda à quinta das 10hs às 21hs (acesso até as 20h)
De sexta a domingo e feriados das 10hs às 22hs (acesso até as 21h)
Inicio das vendas dos ingressos: 01 de julho
Acesso para deficientes
Ar Condicionado
Preços:
R$ 40,00 e R$ 20,00 (meia-entrada)
Grátis até 2 anos
Pontos de venda:
Bilheteria local (sem taxa de conveniência)
Central Tickets For Fun (taxas de conveniência e de entrega em domicílio)
4003-5588 (válido para todo o país)
http://premier.ticketsforfun.com.br/content/outlets/agency.aspx